A resolutividade como principio organizativo do SUS: uma abordagem compreensiva

A resolutividade como princípio organizativo do SUS: uma abordagem compreensiva

O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores sistemas de saúde pública do mundo e está fundamentado em princípios que visam garantir o acesso universal, integral e igualitário à saúde no Brasil. Entre esses princípios, destaca-se a resolutividade como um dos elementos fundamentais para o bom funcionamento do SUS. Mas o que exatamente significa resolutividade e como ela é aplicada na organização do sistema?

O que é resolutividade no contexto do SUS?

A resolutividade, no contexto do SUS, diz respeito à capacidade do sistema de resolver os problemas de saúde dos indivíduos de forma eficiente, eficaz e adequada. Isso inclui desde o atendimento básico até o diagnóstico, tratamento e reabilitação dos pacientes, passando pela oferta de medicamentos e outros serviços necessários. Em resumo, a resolutividade busca garantir que todos aqueles que procurarem o SUS encontrem soluções para suas demandas de saúde.

Por que a resolutividade é importante?

A resolutividade é importante porque está diretamente relacionada à qualidade do atendimento oferecido pelo SUS e à satisfação dos pacientes. Quando o sistema é capaz de resolver efetivamente os problemas de saúde das pessoas, isso representa um ganho em termos de agilidade, eficiência e eficácia na oferta dos serviços. Além disso, a resolutividade contribui para a diminuição do número de encaminhamentos para especialistas e para o melhor aproveitamento dos recursos disponíveis.

Como a resolutividade é aplicada no SUS?

A resolutividade é aplicada no SUS por meio de uma série de estratégias e ações que visam fortalecer a capacidade de resposta do sistema. Dentre essas estratégias, podemos mencionar:

• Fortalecimento da atenção básica: investimentos na melhoria da estrutura e qualificação dos profissionais que atuam nas unidades básicas de saúde, proporcionando um atendimento mais abrangente e resolutivo;
• Protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas: definição de protocolos e diretrizes que orientam os profissionais de saúde na identificação e tratamento das principais doenças, garantindo uma abordagem padronizada, segura e eficaz;
• Rede de cuidados integrados: estabelecimento de uma articulação entre os diferentes serviços de saúde, de forma a garantir a continuidade dos cuidados, evitando duplicidades e fragmentações no atendimento;
• Uso de tecnologia e inovação: adoção de ferramentas tecnológicas e de práticas inovadoras que possam agilizar o diagnóstico, o tratamento e a comunicação entre os profissionais, contribuindo para uma maior resolutividade;
• Capacitação dos profissionais: investimento na formação e capacitação dos profissionais de saúde, buscando aprimorar suas habilidades e conhecimentos para uma melhor resolução das demandas;
• Participação social: envolvimento da sociedade na gestão do sistema, por meio dos conselhos e conferências de saúde, possibilitando a participação ativa da população na definição das políticas e na avaliação da resolutividade do SUS.

Ao adotar essas estratégias, o SUS caminha em direção a uma maior resolutividade, assegurando um atendimento de qualidade e contemplando o princípio da integralidade, que é fundamental para o alcance dos objetivos do sistema.

Considerações finais

A resolutividade é um princípio organizativo essencial para o SUS. Ela busca garantir que o sistema seja capaz de resolver, de maneira eficaz e eficiente, os problemas de saúde dos indivíduos que o procuram. Para isso, são necessárias ações que fortaleçam a atenção básica, estabeleçam protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas, promovam a integração entre os serviços de saúde, invistam em tecnologia e inovação, capacitem os profissionais e promovam a participação social.

Somente por meio de uma abordagem compreensiva e abrangente da resolutividade, o SUS será capaz de cumprir sua missão de garantir o acesso universal, integral e igualitário à saúde no Brasil.