O principal objetivo do White Book foi garantir a compatibilidade dos CDs graváveis com os leitores de CDs existentes, os chamados leitores de CD-ROM. Na época, os CDs graváveis ainda eram uma novidade, e era importante que eles pudessem ser lidos pelos leitores de CD-ROM já presentes no mercado.
O White Book definiu o formato físico do CD gravável como sendo idêntico ao dos CDs convencionais. A capacidade de armazenamento ficou limitada a 650 MB (ou cerca de 74 minutos de música), uma especificação comum na época. As características elétricas e ópticas do disco foram definidas para garantir a leitura correta pelos leitores de CD-ROM existentes.
Além disso, o White Book também especificou as áreas de dados e de controle do disco. A área de dados é onde os arquivos são gravados pelo usuário, enquanto a área de controle contém informações importantes para a leitura do disco. Entre essas informações, estão a tabela de conteúdos do disco (que indica onde cada arquivo está gravado) e o código de correção de erros (que permite que o leitor de CD-ROM corrija eventuais erros de leitura).
O White Book foi um padrão importante para a popularização dos CDs graváveis. Graças a ele, foi possível produzir CDs graváveis que pudessem ser lidos por qualquer leitor de CD-ROM, sem a necessidade de investir em equipamentos especiais para a leitura. Isso tornou os CDs graváveis uma opção acessível para o armazenamento de dados e para a distribuição de conteúdo, como músicas e filmes.
Hoje em dia, o White Book é menos relevante do que era na década de 90. Isso se deve principalmente ao fato de que os CDs graváveis perderam espaço para outras mídias, como os pen drives e os discos rígidos externos. Além disso, os leitores de CD-ROM também são cada vez menos comuns, especialmente em computadores portáteis e tablets.
No entanto, o White Book ainda é importante para quem precisa gravar CDs para uso em leitores de CD-ROM antigos. Se você possui um computador antigo que não reconhece os CDs gravados pelos seus dispositivos modernos, pode ser necessário usar um software específico que siga as especificações do White Book para garantir a compatibilidade.
Por fim, é importantíssimo destacar que, mesmo com a queda do uso dos CDs graváveis, o White Book ainda é considerado um marco na história da tecnologia. Foi ele quem abriu as portas para o armazenamento de dados em mídia óptica, e quem permitiu a comercialização de conteúdo em CDs graváveis. Mesmo que não seja mais tão relevante como antes, o White Book ainda deixou sua marca na história da informática.