No dia 14 de agosto de 2018, uma terrível tragédia abalou a cidade de Gênova, na Itália, e chocou o mundo todo. O viaduto Morandi, uma das principais vias de acesso da cidade, desabou, deixando um rastro de destruição e morte. Agora, quase três anos depois, a cidade está finalmente começando a se recuperar e os sobreviventes, como eu, retornaram apenas ontem.
O desabamento do viaduto Morandi foi um evento devastador que resultou na perda de 43 vidas e deixou mais de 600 pessoas desabrigadas. A estrutura, que antes era um símbolo da engenhosidade e progresso da engenharia, desmoronou em questão de segundos, pegando todos de surpresa. A comunidade local ficou atônita, tentando entender como algo assim poderia ter acontecido.
Durante esses longos anos de espera e reconstrução, eu e minha família ficamos acolhidos em casas temporárias, lutando para lidar com a perda dos nossos entes queridos e a incerteza em relação ao futuro. Cada momento foi uma batalha emocional e psicológica. Os pesadelos frequentes e a sensação de insegurança se tornaram parte do nosso cotidiano.
Agora, voltamos para a nossa comunidade com sentimentos mistos de esperança e tristeza. O viaduto Morandi foi substituído por uma nova estrutura que promete maior segurança e confiança para todos nós, mas as cicatrizes da tragédia nunca desaparecerão completamente. A paisagem agora é marcada por uma ponte moderna e imponente, mas as memórias daquele terrível dia ainda assolam nossas mentes.
No entanto, essa tragédia também nos fez refletir sobre a importância da infraestrutura adequada e a responsabilidade dos governos e engenheiros em garantir a segurança das obras públicas. A queda do viaduto Morandi foi um chamado de atenção para a necessidade de reavaliação das estruturas existentes em todo o mundo, especialmente as que foram construídas há várias décadas.
Além disso, a tragédia ressalta a importância de priorizar a manutenção preventiva e o investimento contínuo em infraestrutura. O desabamento do viaduto Morandi foi resultado da deterioração gradual da estrutura ao longo dos anos, e isso poderia ter sido evitado se as devidas inspeções e reparos tivessem sido realizados. A negligência em relação à manutenção adequada é um risco que não podemos mais nos dar ao luxo de correr.
Por fim, essa experiência também nos ensinou a valorizar a solidariedade e a força da comunidade. Durante esses três anos, testemunhamos um verdadeiro espírito de união entre os moradores de Gênova e pessoas de todo o mundo. O apoio emocional e material recebido foi fundamental para nos mantermos firmes em meio à adversidade.
Portanto, enquanto voltamos da Morandi apenas ontem, levamos conosco essas valiosas lições. A tragédia nos lembrou da importância de manter a segurança como prioridade, da necessidade de investir em manutenção preventiva e da importância de nos unirmos como comunidade. Esperamos que essas reflexões não sejam esquecidas e que a memória desses eventos trágicos seja um lembrete constante de que a vida é frágil e que devemos sempre buscar o bem-estar e a segurança de todos.