Uma opção de tratamento utilizada pela medicina atualmente é a Ivabradina. Esta é uma medicação que atua diretamente no controle da frequência cardíaca, reduzindo-a de forma seletiva. Ela age inibindo a corrente de influxo de íons de cálcio responsável pela fase 4 do potencial de ação do nó sinoatrial, resultando na diminuição da frequência cardíaca.
O uso da Ivabradina é especialmente indicado para pacientes com insuficiência cardíaca crônica e angina estável. Na insuficiência cardíaca, essa medicação auxilia na melhora dos sintomas e na redução do risco de hospitalização por exacerbacões da doença. Já na angina estável, ela ajuda a diminuir a dor no peito causada pelo esforço físico e a frequência de crises.
A medicação tem como vantagens o fato de não reduzir a pressão arterial e não interferir na contratilidade do músculo cardíaco, não comprometendo, portanto, a função global do coração. Isso a torna uma opção segura para uso em pacientes com outras comorbidades cardiovasculares.
No entanto, assim como qualquer medicação, a Ivabradina apresenta efeitos colaterais que devem ser monitorados pelo médico. Entre os principais estão a bradicardia (frequência cardíaca abaixo do normal), que pode ocorrer em até 5% dos casos, e a aparecimento de fenômenos luminosos no campo visual em algumas pessoas.
Por isso, é fundamental que o tratamento seja monitorado e realizado sob a supervisão de um médico especialista. O profissional deverá avaliar se o uso do medicamento é adequado para cada caso, levando em consideração o histórico clínico do paciente e suas condições gerais de saúde.
Além disso, é importante destacar que o tratamento com Ivabradina não substitui outras medidas terapêuticas importantes, como a adoção de hábitos de vida saudáveis, a redução de fatores de risco cardiovascular, o uso de outras medicações indicadas para cada situação e, em alguns casos, a realização de procedimentos invasivos, como a angioplastia ou a colocação de stents.
Em resumo, o tratamento com Ivabradina é uma importante opção terapêutica para pacientes com Síndrome Coronariana, auxiliando no controle dos sintomas e na redução de complicações. No entanto, seu uso deve ser sempre avaliado e supervisionado pelo médico, levando em consideração o perfil de cada paciente. A combinação de medicamentos, mudanças no estilo de vida e tratamentos complementares são fundamentais para garantir o melhor resultado possível no controle dessa doença tão prevalente e devastadora.