Lançado em 1985, “The Breakfast Club” é um dos filmes mais emblemáticos da década de 80. Dirigido por John Hughes, o filme retrata um sábado de detenção na escola Shermer High School, em Illinois, em que cinco alunos de personalidades distintas são obrigados a passar o dia juntos. Apesar das diferenças, ao longo do filme, eles acabam se conhecendo melhor, percebem que têm mais em comum do que imaginavam e formam uma espécie de irmandade.
Cada personagem é uma representação dos estereótipos que eram comuns em qualquer escola nos anos 80: o atleta popular, o nerd, a princesa, o delinquente e a menina esquisita. Em seus diálogos, eles discutem a pressão de seus familiares para que sejam bem-sucedidos, o medo de serem rotulados e a dificuldade de se adaptar às expectativas da sociedade.
O roteiro foi escrito por John Hughes em apenas dois dias, após ler uma notícia sobre um aluno que cometeu suicídio em sua escola. O diretor optou por escrever todos os diálogos em primeira pessoa, o que fez com que o público se identificasse com mais facilidade com os personagens e suas angústias.
“The Breakfast Club” foi um sucesso de bilheteria nos Estados Unidos, arrecadando mais de 50 milhões de dólares em todo o mundo, e se transformou em um marco da cultura pop dos anos 80. O filme foi responsável por lançar a carreira de nomes como Molly Ringwald e Emilio Estevez, além de ter uma trilha sonora icônica, que conta com músicas de artistas como Simple Minds e Karla DeVito.
O longa-metragem ainda é lembrado pela cena final, em que o personagem de Judd Nelson ergue seu punho para o alto como forma de protesto, enquanto a música “Don’t You (Forget About Me)” da banda Simple Minds toca ao fundo. Essa cena se tornou uma das mais marcantes do cinema e é lembrada até hoje como um símbolo de rebeldia e resistência.
“The Breakfast Club” também é uma crítica social sobre os estereótipos que permeiam a sociedade, principalmente no ambiente escolar. O filme mostra como esses rótulos podem afetar a autoestima dos alunos e influenciar seu comportamento dentro e fora das salas de aula. Além disso, levanta a discussão sobre a importância da empatia e da compreensão entre as pessoas.
Mesmo após mais de 35 anos de seu lançamento, “The Breakfast Club” é um clássico inesquecível do cinema americano. Sua mensagem sobre a importância de olhar além dos estereótipos continua relevante até hoje, principalmente em uma época em que a diversidade e a inclusão são temas cada vez mais discutidos. Assim, o filme se torna não apenas uma peça de entretenimento, mas também uma reflexão sobre a sociedade em que vivemos.