Na trama, Robin de Locksley (Egerton) é um nobre que retorna da guerra para encontrar a Inglaterra dominada pela corrupção e exploração da população pelo xerife de Nottingham (Ben Mendelsohn). Com a ajuda de seu mentor John (Jamie Foxx), Robin decide enfrentar as injustiças e se torna um fora da lei conhecido como Robin Hood.
O filme tem uma abordagem mais moderna em relação às versões anteriores, com elementos de ação e aventura que agradam ao público jovem. Porém, a trama não deixa de lado o conflito social e político que sempre foi presente na história de Robin Hood. O personagem se torna uma espécie de símbolo de resistência contra a tirania e a opressão do governo.
Os personagens também ganham novas camadas em relação às versões anteriores. Robin não é apenas um herói galante, mas também tem conflitos internos e dúvidas em relação aos seus próprios propósitos. John, por sua vez, é um personagem que traz a perspectiva do outro lado da história, sendo um muçulmano que se torna um aliado de Robin, mesmo tendo sido escravizado pelo exército inglês.
No entanto, o filme não é perfeito. Algumas escolhas de direção e roteiro são questionáveis e fazem com que algumas cenas pareçam deslocadas da trama principal, como a subtrama envolvendo a personagem de Eve Hewson. Além disso, algumas escolhas musicais e a trilha sonora como um todo podem não agradar a todos os espectadores.
A atuação de Taron Egerton é um dos pontos altos do filme, mostrando mais uma vez seu talento em papéis de ação. Jamie Foxx também está bem como John, trazendo uma atuação mais contida e emocional. Ben Mendelsohn é o vilão caricato de sempre, mas ainda assim consegue trazer alguns momentos de tensão para o filme.
No geral, Robin Hood (2018) é um filme divertido que traz uma nova abordagem para uma história conhecida, mantendo a essência da lenda de Robin Hood ao mesmo tempo em que adiciona elementos modernos de ação e aventura. Não é um filme perfeito, mas é uma opção interessante para quem busca entretenimento com uma mensagem social por trás.