Prudente de Morais era um advogado respeitado e bem sucedido, que se envolveu na política do país desde jovem. Ele foi eleito deputado geral em 1873, pelo Partido Liberal, e tornou-se Presidente da província de São Paulo em 1889.
Quando a República foi proclamada em 15 de novembro de 1889, Prudente de Morais apoiou o novo regime. Ele foi eleito para a Assembleia Constituinte que elaborou a primeira Constituição republicana do país, e se tornou um dos líderes do Partido Republicano Paulista (PRP).
Em 1891, Prudente de Morais foi eleito vice-presidente do Brasil, na chapa liderada por Deodoro da Fonseca. Quando Deodoro renunciou em 1891, Prudente de Morais assumiu a presidência interinamente, até que as eleições para um novo presidente ocorressem.
Em 1894, Prudente de Morais foi eleito Presidente do Brasil, com uma plataforma que enfatizava a estabilidade política e econômica do país. Durante seu mandato, ele modernizou o país, incentivou a imigração e a industrialização, e consolidou a posição do Brasil como uma república estável e democrática.
Prudente de Morais também enfrentou várias crises e desafios durante seu mandato. Ele teve que lidar com revoltas no Rio Grande do Sul e no Nordeste, além de conflitos com a Argentina e a Inglaterra, principalmente em relação à navegação no Rio da Prata.
Em 1897, durante o governo de Prudente de Morais, ocorreu a Revolta da Armada, um movimento liderado pelos marinheiros da Marinha do Brasil, que protestavam contra as condições de trabalho e salário. A revolta foi violentamente reprimida pelo governo e causou a morte de centenas de pessoas.
O governo de Prudente de Morais também é lembrado por ter sido marcado pela questão da sufragista, ou seja, a luta das mulheres pelo direito ao voto. Em 1897, a feminista Leolinda Daltro fundou a Liga Republicana das Mulheres, que pressionou o governo a conceder o direito de voto às mulheres. Embora a questão tenha sido debatida no Congresso, o direito ao voto só seria concedido às mulheres no Brasil em 1932.
No final de seu mandato, em 1898, Prudente de Morais não se candidatou à reeleição. Ele foi sucedido por Campos Sales, que era membro do mesmo partido (PRP) e continuou a política de estabilidade e modernização iniciada por Prudente de Morais.
Prudente de Morais faleceu em 3 de dezembro de 1902, aos 61 anos. Ele deixou um legado importante para a história do Brasil, como o primeiro presidente civil do país, e um líder que trabalhou pela modernização e estabilidade do país em um período de transição política e social.