Neil Armstrong, o lendário astronauta norte-americano, ficou famoso por ser o primeiro ser humano a caminhar na Lua durante a missão Apollo 11 em 1969. Sua conquista, no entanto, gerou polêmica quando foi revelado que ele não prestou o juramento tradicional segurando a Bíblia. Essa escolha de Armstrong levanta a questão de por que ele optou por não jurar pela Bíblia e o que isso significa.
Em primeiro lugar, é importante reconhecer que a decisão de não jurar pela Bíblia não era específica para Armstrong, mas sim uma prática comum entre os astronautas da NASA. Durante as missões espaciais, a agência espacial norte-americana optou por não incluir a Bíblia nos eventos formais, como juramentos e cerimônias. Essa decisão foi tomada para refletir a diversidade religiosa nos Estados Unidos e a necessidade de respeitar diferentes crenças e backgrounds religiosos dos astronautas.
Ao não utilizar a Bíblia em seus juramentos, Armstrong e outros astronautas estavam demonstrando que a exploração espacial não estava vinculada a uma única religião ou crença. A ciência e a exploração do espaço são empreendimentos humanos, que transcendem fronteiras e religiões. Ao não optar por um símbolo religioso específico, Armstrong estava promovendo a inclusão e a tolerância religiosa.
Além disso, é importante lembrar que a Constituição dos Estados Unidos prevê a separação entre as esferas religiosa e governamental. A Primeira Emenda da Constituição defende a liberdade de religião e proíbe o governo de estabelecer uma religião oficial. Dessa forma, esperar que Armstrong prestasse juramento pela Bíblia poderia ser interpretado como uma violação dessa separação e uma preferência religiosa do Estado.
É válido ressaltar que Armstrong sempre foi um homem de poucas palavras em público e não costumava expressar suas opiniões pessoais sobre política, religião ou qualquer outro assunto controverso. Ele era conhecido por sua modéstia e foco na missão em mãos, sem permitir que sua fama o afetasse. Portanto, sua decisão de não jurar pela Bíblia provavelmente foi baseada em sua crença na neutralidade religiosa do Estado e no desejo de não impor suas próprias convicções religiosas aos demais astronautas e ao público em geral.
Em resumo, Neil Armstrong escolheu não jurar pela Bíblia durante a histórica missão Apollo 11 para refletir a diversidade religiosa entre os astronautas e demonstrar que a exploração espacial é um esforço humano que transcende fronteiras e religiões específicas. Sua opção também estava de acordo com a separação entre as esferas religiosa e governamental defendida pela Constituição dos Estados Unidos. Sua escolha foi um exemplo de inclusão e respeito à diversidade religiosa, ao mesmo tempo em que correspondia à sua personalidade discreta e foco na missão.