A história monetária do Chile começa em 1817 com a circulação da primeira moeda, a moeda de cobre de um real. Desde então, várias moedas foram emitidas até que, em 1960, foi criado o escudo chileno. Este foi substituído pelo peso chileno em 1975, após a desvalorização da moeda durante a crise econômica que afetou a América Latina.
O valor do peso chileno é determinado pelo mercado cambial, ou seja, pelas forças da oferta e demanda. Quando a oferta de pesos é maior do que a demanda, o seu valor cai; mas, quando a demanda é maior do que a oferta, o seu valor sobe.
Uma das principais razões pela volatilidade do peso chileno é a dependência do país em relação às exportações de cobre. O Chile é o maior produtor mundial de cobre e cerca de 50% das suas exportações são de cobre. Por isso, o preço do metal no mercado internacional tem um impacto direto no valor da moeda.
Outro fator que influencia o valor do peso chileno é a política monetária do país. O Banco Central do Chile, responsável pela política monetária, pode intervir no mercado para controlar a inflação ou para ajustar o valor da moeda.
Em 2019, o peso chileno sofreu uma desvalorização significativa devido à crise social que abalou o país. Protestos em massa contra o governo levaram a uma instabilidade política e econômica. O peso chileno perdeu quase 15% do seu valor em relação ao dólar americano em apenas um mês.
No entanto, em 2020, a pandemia do COVID-19 teve um impacto ainda mais forte na economia chilena. Com a queda da demanda por cobre e o aumento do desemprego, o peso chileno sofreu uma desvalorização ainda maior. No início da pandemia, o peso chileno chegou a um recorde histórico de baixa, com um dólar americano alcançando um valor de 900 pesos chilenos.
Atualmente, o valor do peso chileno permanece volátil devido à incerteza econômica global e ao aumento da dívida pública do país. O Banco Central do Chile tem adotado várias medidas para estabilizar a moeda, como a compra de dólares no mercado cambial, o aumento das taxas de juros e a expansão do programa de estímulos financeiros.
Apesar da volatilidade do peso chileno, o Chile ainda é considerado uma economia estável na América Latina. O país tem uma economia diversificada, baixo índice de corrupção e um governo democraticamente eleito. Além disso, o país tem acordos comerciais com várias nações, incluindo a União Europeia, China, Japão e Estados Unidos.
Em suma, o peso chileno é uma moeda volátil devido à dependência do país em relação às exportações de cobre e à instabilidade política e econômica. O Banco Central do Chile tem o poder de intervir no mercado para controlar a inflação e ajustar o valor da moeda. No entanto, apesar das flutuações, o Chile continua sendo uma economia estável e um destino atraente para negócios e investimentos.