Rick Dalton é um personagem fictício interpretado por Leonardo DiCaprio no filme “Era uma Vez em… Hollywood”, dirigido por Quentin Tarantino. O filme retrata a história de Rick Dalton, um ator de televisão em declínio nos anos 60, e seu dublê de longa data, Cliff Booth, interpretado por Brad Pitt. Através da história de Dalton, o filme explora os altos e baixos da indústria cinematográfica e mergulha na nostalgia da Era de Ouro de Hollywood.
O personagem de Rick Dalton é uma representação dos atores dos anos 60 que lutavam para se manter relevantes na indústria cinematográfica em constante mudança. Dalton já foi um grande astro de filmes de faroeste, conhecido por seu papel como Jake Cahill na série fictícia “Bounty Law”, mas agora se vê relegado a papéis secundários e participações especiais em programas de televisão. Ele enfrenta a dura realidade de que seu sucesso está diminuindo à medida que sua popularidade diminui.
Os filmes em que Rick Dalton atuou na ficção são apresentados como uma coleção de gêneros do cinema da época, desde faroestes até filmes de espionagem. Tarantino se esmera na criação desses filmes dentro do filme, nos transportando para a década de 1960 e imergindo-nos na cultura cinematográfica da época. Vemos Dalton em produções como “Operação Dinamite” e “Amor e Orgasmo”, que eram típicos dos filmes feitos na década de 60.
Os momentos mais emocionantes e tocantes do filme acontecem quando Rick Dalton se depara com suas próprias limitações. Ele passa por uma crise de confiança e medo de se tornar obsoleto, um medo compartilhado por muitos atores na indústria do entretenimento. Para resgatar sua carreira, ele decide ir para a Itália estrelar spaghetti westerns, uma nova tendência na época. Essa nova fase em sua carreira é retratada como um renascimento para Dalton, que encontra uma vitória pessoal e profissional ao retornar a Hollywood.
O filme também joga com a ideia de fãs e admiradores. O vizinho de Rick Dalton, Sharon Tate, interpretada por Margot Robbie, representa a glamorosa e efêmera estrela de cinema que mantém uma conexão com os fãs. Tate é mostrada sendo assistida atentamente em um cinema pelos espectadores, que admiram sua beleza e talento. Através desse contraste, Tarantino mostra a superficialidade da fama e a importância do reconhecimento dos fãs para os atores.
“Era uma Vez em… Hollywood” também nos presenteia com cenas de ação intensas e diálogos afiados, marcas registradas de Tarantino. O diretor traz uma mistura de humor negro e violência típica de seus filmes, adicionando uma sensação única a essa história nostálgica. Os filmes fictícios de Rick Dalton são um pano de fundo para a história principal, mas são essenciais para criar a ambientação correta e transportar o público para a década de 1960.
No final, o personagem de Rick Dalton representa a luta constante dos artistas em se manterem relevantes e a paixão que eles têm pelo seu ofício. Tarantino nos presenteia com uma homenagem à indústria cinematográfica, destacando as dificuldades e triunfos dos atores da época. Os filmes de Rick Dalton são uma parte integral dessa história e trazem um encanto único a “Era uma Vez em… Hollywood”.