Marielle cresceu na favela da Maré, no Rio de Janeiro, e, apesar das dificuldades, conseguiu estudar e se formar em sociologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e em administração pública pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Ela trabalhou como assessora parlamentar e se tornou coordenadora da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
Como vereadora, Marielle lutou por vários temas importantes para a população carioca, como o acesso à moradia, a educação, a saúde e a segurança pública. Ela denunciava constantemente a violência policial nas favelas e periferias da cidade e criticava a intervenção federal no Rio de Janeiro, que considerava ineficaz e violenta.
Marielle tinha uma grande preocupação com as mulheres, especialmente as negras e as LGBTs, que sofrem com o machismo, o racismo e a homofobia na sociedade brasileira. Ela lutava para que as políticas públicas atendessem as demandas dessas minorias e para que elas tivessem voz e representatividade nos espaços de poder.
Infelizmente, Marielle foi assassinada em 14 de março de 2018, aos 38 anos, em um crime que chocou o Brasil e o mundo. Ela voltava de um evento político quando o carro em que estava foi alvejado por tiros. Marielle e o motorista, Anderson Gomes, morreram na hora. A vereadora foi executada com quatro tiros na cabeça.
O crime gerou grande comoção nacional e internacional e trouxe à tona a violência política e a falta de representatividade das minorias na política brasileira. Marielle era uma defensora dos direitos humanos e uma lutadora incansável pela justiça social, e sua morte causou uma grande perda para o país.
Os responsáveis pelo assassinato de Marielle ainda não foram descobertos após mais de três anos de investigação, o que levanta suspeitas sobre a participação de policiais e políticos ligados ao crime organizado. A família de Marielle e os movimentos sociais continuam exigindo justiça e cobrando uma investigação séria e transparente sobre o caso.
Marielle Franco é um símbolo da luta pelos direitos humanos, pela igualdade social e pela representatividade das minorias na política brasileira. Sua atuação corajosa e combativa marcou a história do país e inspirou muitas pessoas a seguirem lutando por um mundo mais justo e igualitário.
Em 2019, Marielle foi homenageada com o prêmio Sakharov de Liberdade de Pensamento, concedido pelo Parlamento Europeu a pessoas que se destacam na luta pelos direitos humanos e pela democracia. Essa foi mais uma demonstração do impacto e da importância da sua luta para a sociedade global.
Marielle Franco não está mais entre nós, mas sua luta continua viva na memória de todos aqueles que a admiravam e nas ações e movimentos que trabalham incansavelmente pelos direitos humanos e pela justiça social. Ela foi uma guerreira que se entregou à luta por um mundo melhor e hoje é um exemplo para todas as pessoas que sonham com um futuro mais justo, igualitário e democrático.