Maria Auxiliadora Lara Barcelos nasceu em 1937, em Minas Gerais. Desde jovem, demonstrou forte engajamento político e social, o que a levou a ingressar na Juventude Universitária Católica (JUC). Em 1964, com a ascensão dos militares ao poder, Maria passou a fazer parte da luta armada contra o regime.
Foi presa em diversas ocasiões e submetida a torturas brutais. Em sua autobiografia, intitulada “Memórias de uma Guerrilheira”, Maria relata detalhes dos abusos físicos e psicológicos que sofreu enquanto esteve sob custódia do Estado.
Depois de passar por diferentes presídios, Maria foi solta em 1973, graças a uma campanha internacional pela sua libertação. Ela se exilou no Chile e, posteriormente, na França, onde viveu até se aposentar e retornar ao Brasil em 2003.
Maria faleceu em 2018, aos 81 anos de idade. Seu legado, no entanto, permanece vivo na memória de todos que lutam pela democracia e pelos direitos humanos.
Além de sua militância na luta armada, Maria também foi uma defensora da identidade feminina na sociedade. Em sua época, o machismo imperava e a mulher era vista como inferior e submissa ao homem. Maria contestou essa visão e se tornou uma inspiração para muitas mulheres que buscavam seu espaço na sociedade.
Ela é um exemplo não somente de coragem e determinação, mas também de altruísmo e amor ao próximo. Durante seus anos de militância, Maria sempre esteve ao lado do povo mais humilde, lutando por uma sociedade mais justa e igualitária.
Maria, Maria, um nome que simboliza a força da mulher brasileira e um exemplo de valentia para as gerações futuras. Sua vida e sua luta devem ser lembradas e celebradas como um marco na história do país e como um incentivo para nunca baixarmos a cabeça diante das adversidades.