Manoel de Barros é um dos maiores poetas brasileiros da segunda metade do século XX. Sua obra é marcada por uma sensibilidade única, uma linguagem poética repleta de imagens e a capacidade de transmitir a beleza da simplicidade das coisas cotidianas.

Nascido em Cuiabá, no Mato Grosso, em 1916, Manoel de Barros tinha origens abastadas, mas sempre teve inclinação para a poesia. Passou boa parte de sua infância na fazenda de seu pai, onde se encantou com a natureza e os animais que conviviam ao seu redor. Foi lá que sua poesia começou a tomar forma.

Aos 18 anos, Manoel de Barros foi estudar Direito em São Paulo, mas não chegou a concluir o curso. Seu verdadeiro interesse ainda era a poesia. Em 1937, publicou seu primeiro livro, “Poemas concebidos sem pecado”. O livro passou despercebido pela crítica e pelo público, mas o poeta persistiu e continuou escrevendo.

Sua obra só começou a ser notada a partir da década de 1960, quando publicou “Compêndio para uso dos pássaros”. A partir daí, sua poesia ganhou reconhecimento, principalmente por sua originalidade e por trazer para a literatura brasileira a beleza da simplicidade e da natureza.

Manoel de Barros se destacou pela capacidade de renovar a linguagem poética, criando uma poesia mais próxima do cotidiano, da natureza e das coisas simples da vida. Ele não se preocupava com a métrica ou com a rima, mas com a expressão poética de suas ideias. Seus poemas são repletos de imagens e sensações, criando uma poética própria e inovadora.

Seu estilo poético influenciou uma geração de escritores, que o consideram como um dos maiores poetas brasileiros. Sua obra é marcada pela valorização da simplicidade, da natureza e da poesia como forma de transformação e renovação do mundo.

Manoel de Barros faleceu em 2014, aos 97 anos, deixando uma obra poética única e marcante. Seus livros continuam sendo lidos e interpretados por diversas gerações de leitores, que se encantam com a originalidade de sua poesia e com a beleza de sua sensibilidade.

Manoel de Barros é, sem dúvida, um tesouro da literatura brasileira, um poeta capaz de trazer para a poesia a simplicidade e a magia da vida. Seu legado é a poesia, a beleza, a sensibilidade e a sua capacidade de transformar o mundo através das palavras.

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