Nascido em Concórdia, Santa Catarina, em 1938, Leonardo Boff ingressou na ordem franciscana em 1959. Ele estudou teologia em Petrópolis, Rio de Janeiro, e em Roma, Itália. Em 1970, começou a atuar como professor de teologia em Petrópolis, onde se destacou por suas reflexões críticas sobre a religião e a sociedade.
Boff é conhecido por sua defesa dos direitos dos pobres e oprimidos, e por suas críticas à estrutura injusta da sociedade global. Sua teologia da libertação defende a justiça social e a igualdade econômica como parte integrante da fé cristã.
Boff também é um ativista pela sustentabilidade ambiental, e fundou a EcoTeologia, que une a espiritualidade ecológica com a teologia cristã. Ele defende que a proteção ambiental é uma questão de justiça social, e que é responsabilidade dos cristãos cuidar do meio ambiente.
Em 1985, Boff foi repreendido pelo Vaticano por suas ideias teológicas e por seu ativismo social e ambiental. Ele renunciou ao seu cargo de professor de teologia e abandonou sua posição na igreja católica.
Desde então, Boff se dedicou à sua produção intelectual independente e se tornou um dos principais líderes do movimento da teologia da libertação e da ecologia da libertação. Ele publicou mais de 60 livros, incluindo “Igreja: Carisma e Poder”, “A Águia e a Galinha” e “Sustentabilidade: O Que é – O Que Não é”.
Boff também é um defensor da cultura indígena e dos direitos dos povos originários. Ele acredita que a sabedoria dos povos indígenas pode ajudar a resolver os problemas da sociedade moderna, e defende a preservação das línguas e culturas indígenas ameaçadas pelo colonialismo e pela globalização.
Em 2001, Boff recebeu o Prêmio Global 500 da Organização das Nações Unidas (ONU) em reconhecimento ao seu trabalho em prol da sustentabilidade ambiental. Em 2012, ele recebeu o prêmio Imagem e Voz da Esperança da UNESCO por sua contribuição à luta pela justiça social e ambiental.
Leonardo Boff é um dos mais importantes pensadores brasileiros dos séculos XX e XXI. Sua contribuição para a teologia da libertação, a ecologia da libertação e a ética da sustentabilidade tem sido fundamental para a reflexão crítica sobre a sociedade e a religião. Seus escritos e atividades continuam inspirando muitas pessoas a atuar em prol da justiça e da igualdade, e em defesa do meio ambiente.