Joi Gilliam, popularmente conhecida como Joi, foi uma cantora, compositora e atriz americana que teve curta, porém bastante significativa, carreira musical. Ela nasceu em 25 de janeiro de 1972 em Nashville, Tennessee, e faleceu em 11 de janeiro de 2017 em Atlanta, Geórgia.

Joi começou sua carreira musical no início dos anos 90, como vocalista de apoio para a lendária banda de funk outkast. Com sua voz suave e melodiosa, ela logo chamou a atenção de muitos produtores musicais e artistas, inclusive de renomados nomes da música negra, como Raphael Saadiq, George Clinton e Chuck D. Ela também trabalhou com o produtor Dallas Austin e com a banda Goodie Mob, que se tornaram seus amigos e parceiros musicais.

Em 1994, Joi lançou seu primeiro álbum solo, “The Pendulum Vibe”. O álbum misturava elementos de R&B, funk, soul e hip-hop, e foi bem recebido pelos críticos musicais e pelo público em geral. O álbum apresentou alguns dos sucessos mais icônicos da carreira de Joi e rendeu-lhe um pequeno mas fiel grupo de fãs.

Joi também era conhecida por seu estilo e imagem única, que ela mesma descrevia como “afrofuturismo”. Ela misturava roupas vibrantes e brilhantes com inspiração afro, e usava penteados com influência de culturas africanas. Ela era um ícone para artistas negros que buscavam se afirmar e se conectar com suas raízes culturais.

Em sua curta carreira, Joi lançou apenas três álbuns – “The Pendulum Vibe” (1994), “Amoeba Cleansing Syndrome” (1997) e “Star Kitty’s Revenge” (2002) – mas deixou uma marca significativa na música negra e americana. Ela também fez participações em álbuns de muitos outros artistas, incluindo Erykah Badu, Queen Latifah e Outkast.

Fora da música, Joi também foi uma atriz talentosa, aparecendo em filmes e programas de televisão como “Saturday Night Live”, “ATL” e “Something New”. Ela também foi uma ativista social engajada, lutando pelos direitos das mulheres e pela igualdade racial.

Infelizmente, a vida de Joi foi marcada por tragédias pessoais e saúde precária. Seus pais eram vítimas da doença falciforme, um distúrbio sanguíneo hereditário, e ela própria sofria de depressão e ansiedade. Durante os últimos anos de sua vida, ela lutou contra um câncer de cólon, o que culminou em sua morte em janeiro de 2017.

No entanto, o legado de Joi vive através de sua música e sua influência. Ela trouxe uma voz única e autêntica para a música negra e influenciou muitos artistas que vieram depois dela. E, mesmo em sua morte precoce, ela continuou a ser um símbolo de força, coragem e resistência para muitos que lutam contra doenças graves e injustiças sociais.

Em resumo, Joi foi uma artista visionária, um ícone do estilo afrofuturista e uma ativista social incansável que deixou um impacto marcante no mundo da música negra. Ela será sempre lembrada por sua voz única, suas contribuições para a música e sua mensagem de igualdade e justiça para todos. Em suas próprias palavras, “a música é a cura – é isso que me salva”.

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