No entanto, foi na adolescência que Jair descobriu a sua verdadeira paixão: o saxofone. Enamorado do instrumento, Jair passou horas e horas praticando e estudando música, até que aos 18 anos já era considerado um saxofonista excepcional.
Desde então, Jair decidiu seguir carreira como músico, tendo se mudado para São Paulo em busca de oportunidades. Lá, ele conheceu outros artistas da cena musical e começou a se apresentar em diversos lugares, como bares e casas noturnas.
Foi nessa época que Jair começou a se destacar pelo seu talento e virtuosismo no saxofone, chamando a atenção de outros músicos e do público em geral. Em pouco tempo, ele se tornou um dos mais requisitados instrumentistas de São Paulo, tendo participado de diversas gravações e apresentações ao lado de nomes consagrados da música brasileira.
Entre as décadas de 1940 e 1960, Jair Rosa Pinto se consolidou como um dos maiores saxofonistas brasileiros, tendo se apresentado ao lado de músicos como Dorival Caymmi, Elis Regina, João Gilberto e Tom Jobim. Ele também fez parte de grupos como Os Cariocas e o conjunto Época de Ouro, tendo sido uma presença constante nos programas de rádio e televisão da época.
Além de sua habilidade com o saxofone, Jair também era um compositor de mão cheia, tendo criado diversas músicas que se tornaram grandes sucessos. Entre suas composições mais conhecidas estão “Trocando em Miúdos”, “O Amor e a Rosa” e “Zelão”.
No entanto, apesar de todo o sucesso e reconhecimento, Jair Rosa Pinto não teve uma vida fácil. Ele enfrentou muitos obstáculos ao longo de sua trajetória, como a perda de sua esposa em um acidente de carro e uma doença degenerativa que afetou sua visão.
Mesmo assim, Jair continuou se dedicando à sua música até o fim de sua vida. Ele faleceu em 2005, aos 86 anos, deixando para trás um legado artístico que jamais será esquecido.
Hoje, Jair Rosa Pinto é lembrado como um dos maiores saxofonistas e compositores brasileiros de todos os tempos, tendo influenciado gerações de músicos e deixado uma marca indelével na cultura nacional. Sua música continua a emocionar e encantar pessoas de todas as idades, e sua memória será sempre reverenciada como um dos maiores tesouros da nossa história musical.