O implante coclear é uma solução para pessoas surdas ou com perda auditiva severa, que não obtiveram sucesso por meio de outras intervenções terapêuticas ou de ajustes em aparelhos auditivos convencionais. O procedimento consiste na colocação de um dispositivo médico no ouvido interno, que estimula eletricamente as células do nervo auditivo, possibilitando a transmissão do som ao cérebro.

O método foi desenvolvido nos anos 1950, todavia, obteve grande avanço a partir das décadas de 80 e 90, quando foram realizadas as primeiras operações com fins comerciais. Desde então, houve uma crescente procura pelo implante, ampliando a expectativa de vida dos implantados, conforme relatam pesquisas.

O dispositivo consiste de duas partes principais: o processador externo (implantado atrás da orelha) e o eletrodo interno (colocado no ouvido interno). O processador é responsável por captar o som, que é posteriormente transformado em impulsos elétricos e transmitidos ao eletrodo. Este, por sua vez, envia sinais elétricos diretamente para as células do nervo auditivo, que encaminha a informação sonora até o cérebro.

A operação é realizada em duas fases. Na primeira, é implantado o receptor externo, que é configurado individualmente para cada paciente por meio de exames de audição. Em seguida, após um período de recuperação, é implantado o eletrodo interno, que é conectado ao receptor com fios e cirurgicamente inserido no ouvido interno.

O sucesso do implante coclear não depende apenas do dispositivo em si, mas de um conjunto de fatores, como: indicações idealmente feitas por uma equipe multidisciplinar que, além do otorrinolaringologista, inclui psicólogos, fonoaudiólogos, pediatras, neuropediatras e radiologistas; acompanhamento pós-operatório; e terapia que ajuda os pacientes a aprenderem a reconhecer sons e a falar.

A primeira pessoa a receber um implante coclear no Brasil foi Oscar Kebbe em 1985, e desde então o país vem adotando a técnica para ajudar pacientes com perda auditiva severa. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2020 foram realizados cerca de 2.300 procedimentos de implante em adultos e crianças, sendo que a partir de 2012 há cobertura pública para o método.

O implante coclear não é recomendado para todos os casos de perda auditiva e cada paciente deve ser submetido a uma série de exames e avaliações antes da indicação do procedimento. Porém, em geral, o método é considerado seguro e eficaz, sendo que a maioria dos pacientes tem melhorias significativas na capacidade de ouvirem sons e no reconhecimento de fala.

Entre os principais benefícios do implante, estão: a possibilidade de ouvir sons que antes eram inaudíveis; a melhoria na qualidade de vida dos pacientes, seja em termos de comunicação, em relacionamentos interpessoais ou até na ampliação de oportunidades de trabalho; e a recuperação de uma parcela da audição que estava perdida antes do implante.

O implante coclear ainda é uma solução com custo elevado e que demanda uma infraestrutura especializada, o que pode limitar o acesso de muitos pacientes ao método. Porém, é importante ressaltar que a tecnologia tem sido aprimorada continuamente, com possibilidade de novos avanços no futuro, tornando a técnica cada vez mais eficiente e acessível para todas as pessoas que necessitarem.

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