Haddad, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), foi derrotado nas eleições presidenciais de 2018 por Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal (PSL). Essa derrota marcou o fim de uma campanha acirrada e de um processo eleitoral altamente polarizado.
Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo, foi escolhido como candidato pelo PT após a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que estava liderando as pesquisas de intenção de voto. Lula foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Apesar de sua popularidade, Lula não poderia concorrer devido à Lei da Ficha Limpa.
Haddad assumiu a campanha com um desafio difícil: consolidar o apoio ao PT, apesar do desgaste causado pelos escândalos de corrupção e pelo governo impopular de Dilma Rousseff, impeachada em 2016. Além disso, ele enfrentou um cenário político polarizado, com Bolsonaro se posicionando como um candidato anti-establishment e anti-PT.
Durante a campanha, Haddad tentou se distanciar dos erros do PT, enfatizando suas realizações como prefeito de São Paulo e suas propostas para a educação e o combate à desigualdade social. Ele também buscou alianças com outros partidos de esquerda para ampliar seu apoio e fortalecer sua plataforma.
No entanto, Haddad enfrentou dificuldades em conquistar o eleitorado além do núcleo tradicional do PT. Muitos eleitores associavam o partido à corrupção e ao mau desempenho econômico. Além disso, Bolsonaro explorou habilmente o medo de uma suposta guinada à esquerda, enfatizando a suposta ameaça comunista representada pelo PT.
O resultado das eleições foi uma vitória ampla para Bolsonaro, que obteve 55% dos votos no segundo turno, contra 44% de Haddad. Essa derrota marcou a primeira vez que o PT perdeu as eleições presidenciais desde 2002. Além disso, o resultado foi ainda mais significativo devido à polarização política e às dificuldades enfrentadas por Haddad durante a campanha.
Após a eleição, Haddad manteve um perfil relativamente baixo na política nacional, embora continue a ser uma figura destacada dentro do PT. Ele tem criticado o governo de Bolsonaro em diferentes ocasiões, especialmente em relação às políticas sociais e ao meio ambiente.
Embora derrotado nas eleições presidenciais, Haddad ainda mantém um perfil político relevante dentro do PT e tem sido mencionado como uma possível candidato a presidente em futuras eleições. No entanto, o PT enfrenta desafios significativos para recuperar o apoio e a confiança do eleitorado, especialmente após as revelações da operação Lava Jato e os desdobramentos da crise política e econômica dos últimos anos.
Em resumo, Fernando Haddad foi derrotado nas eleições presidenciais de 2018 por Jair Bolsonaro. Essa derrota marcou o fim de uma campanha acirrada e de um processo eleitoral altamente polarizado. Embora tenha enfrentado dificuldades para conquistar o eleitorado além do núcleo tradicional do PT, Haddad ainda mantém um perfil político relevante no partido. Resta aguardar os desdobramentos futuros da política brasileira para saber se Haddad terá outra chance de concorrer à presidência.