Gilberto Dimenstein

Gilberto Dimenstein foi um jornalista paulistano que se destacou por sua trajetória comprometida com as questões sociais. Ele faleceu em maio de 2019, aos 63 anos, deixando um legado de responsabilidade social e engajamento em causas importantes.

Nascido em 28 de dezembro de 1955, Gilberto iniciou sua carreira como repórter de crime em publicações locais em São Paulo. Aos poucos, ele foi se interessando por temas ligados à cidadania, participação política e desigualdades sociais. Em 1980, ele foi contratado pelo jornal Folha de S. Paulo, onde trabalhou por mais de duas décadas.

Na Folha, Gilberto se consolidou como um dos principais cronistas e colunistas da publicação. Seus textos tratavam de temas variados, como educação, meio ambiente, violência, exclusão social e direitos humanos. Em suas crônicas, ele buscava uma linguagem acessível e clara, para que seus textos fossem compreendidos por um público amplo e diverso.

Além de sua atuação como jornalista, Gilberto Dimenstein foi um empreendedor social, fundando diversas iniciativas para promover a educação, a cultura e a solidariedade. Em 1994, ele criou o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), organização sem fins lucrativos que atua na inserção de jovens no mercado de trabalho. O CIEE já beneficiou milhões de jovens em todo o país.

Gilberto também criou o Programa Aprendiz, voltado para a formação de jovens aprendizes em áreas como tecnologia da informação, design, audiovisual e mídias sociais. Por meio do Programa Aprendiz, Gilberto ajudou a formar uma geração de jovens talentosos e engajados, que hoje atuam em diversas empresas e organizações.

Outro projeto importante criado por Gilberto foi o projeto Cidade Escola Aprendiz, que buscou transformar a cidade de São Paulo em um espaço educativo, por meio de ações de cultura, esporte, ciência e tecnologia. O projeto contou com a participação de diversas instituições públicas e privadas, e deixou um legado importante de integração e cidadania.

Gilberto Dimenstein foi um defensor das causas ambientais, tendo criado o projeto Catraca Livre, que busca promover a cultura e o lazer gratuitos em São Paulo. O projeto se tornou um dos principais portais de informações culturais da cidade, divulgando eventos e programações culturais de diversos tipos.

Ao longo de sua carreira, Gilberto Dimenstein recebeu diversos prêmios e reconhecimentos, como o Prêmio Nacional de Direitos Humanos, em 2008, e a Medalha Anchieta, concedida pela Câmara Municipal de São Paulo, em 2019. Seu trabalho foi reconhecido por sua contribuição à promoção da cidadania, da inclusão e da educação.

Gilberto Dimenstein foi um exemplo de jornalista comprometido com as questões sociais e a luta pelas desigualdades. Sua trajetória serve de inspiração para todos aqueles que buscam transformar a sociedade e trabalhar em prol de uma causa maior. Seu legado deve ser lembrado e valorizado, como uma contribuição importante à cultura e à cidadania em nosso país.