Os gangsteres japoneses, conhecidos como yakuza, são um grupo criminoso que desempenha um papel significativo na sociedade japonesa há séculos. A palavra “yakuza” tem origem no jogo de cartas japonês, o “ya-ku-za”, que se refere a uma mão de cartas que soma 8, 9 e 3, o valor mais baixo possível. Isso ilustra a visão marginalizada e estigmatizada que esses gangsteres enfrentam na sociedade japonesa.

Os yakuza têm uma longa história no Japão, remontando ao século XVII. Inicialmente, eles eram samurais desempregados que se envolveram em atividades criminosas, como apostas ilegais e extorsão. Hoje, os yakuza são uma organização complexa e hierárquica, com sua própria estrutura e código de conduta.

A organização yakuza é composta por várias famílias criminosas, chamadas de “clãs”. Cada clã é liderado por um chefe, conhecido como “oyabun”, que é considerado uma figura paterna e tem total autoridade sobre seus subordinados, conhecidos como “kobun”. O relacionamento entre o oyabun e o kobun é baseado na lealdade e no respeito mútuo.

Os yakuza têm uma presença significativa em várias áreas ilegais, como jogos de azar, prostituição e tráfico de drogas. Eles também estão envolvidos em extorsão, empréstimos de dinheiro com taxas de juros exorbitantes e lavagem de dinheiro. No entanto, ao contrário de outras organizações criminosas, os yakuza apresentam uma imagem complexa na sociedade japonesa.

Embora sejam considerados criminosos e se envolvam em atividades ilegais, os yakuza também desempenham um papel social, agindo como intermediários em disputas e fornecendo serviços de proteção para empresas locais. Além disso, eles estão profundamente enraizados na cultura japonesa e muitas vezes são respeitados por sua aderência a um código de conduta chamado “ninkyodo”, que enfatiza a lealdade, a honra e a coragem.

Essa ambivalência em relação aos yakuza pode ser atribuída em parte à sua história e às suas raízes na sociedade japonesa. Por exemplo, no período Edo (1603-1867), houve um aumento no crime e os yakuza surgiram como uma força para manter a ordem em comunidades locais. Eles foram vistos como uma espécie de Robin Hood, protegendo os fracos e oprimidos.

No entanto, ao longo dos anos, a violência associada aos yakuza tornou-se mais evidente, levando a uma maior repressão por parte do governo japonês. Nos últimos anos, uma série de leis foram promulgadas visando enfraquecer a influência dos yakuza. Essas medidas incluem a proibição de tatuagens visíveis, muitas vezes associadas aos yakuza, em locais públicos e a aplicação rigorosa das leis antirracketeering.

Apesar dessas restrições, os yakuza ainda têm uma presença significativa no Japão, embora tenham diminuído em tamanho e poder nos últimos anos. Eles continuam a ter uma influência considerável no mundo dos negócios, especialmente no setor de construção e entretenimento.

Em resumo, os gangsteres japoneses, ou yakuza, têm uma história complexa e fascinante no Japão. Embora sejam conhecidos por suas atividades ilegais, também desempenham um papel social na sociedade japonesa. No entanto, sua violência e influência levaram a uma repressão governamental, resultando em restrições mais rígidas nos últimos anos. Ainda assim, os yakuza permanecem como uma parte intrigante da cultura japonesa e da história do crime.

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