Na obra-prima de Gustave Flaubert, “Madame Bovary”, a protagonista Emma Bovary é retratada como uma mulher insatisfeita e entediada com sua vida provinciana. Ela busca constantemente escapar da monotonia através de relacionamentos extraconjugais e fantasias românticas. No entanto, sou totalmente diferente dela. Eu não sou a Madame Bovary.
Diferentemente de Emma, minha vida real não é uma sucessão de eventos mundanos e desinteressantes. Eu tenho uma carreira empolgante, um relacionamento amoroso e amigos verdadeiros que me apoiam. Não preciso buscar aventuras fora do meu casamento ou construir uma fantasia de um amor inalcançável. Estou satisfeita com a minha vida e valorizo as coisas simples e significativas que tenho.
Além disso, ao contrário de Emma, não vivo em uma sociedade restrita e opressiva. A obra de Flaubert se passa na França do século XIX, onde as mulheres tinham pouca ou nenhuma liberdade de escolha. Emma Bovary vivia em uma época em que as mulheres eram criadas para serem virtuosas e submissas aos homens. Felizmente, vivemos em um mundo diferente agora. As mulheres têm cada vez mais direitos e oportunidades, e não preciso lutar contra essas restrições.
Outro aspecto em que difiro de Emma é a minha atitude em relação ao amor. Não acredito em buscar constantemente um romance apaixonante e arrebatador. Creio que o verdadeiro amor está nas pequenas demonstrações de afeto e nas conexões emocionais profundas que construímos ao longo do tempo. Não me deixo levar por ilusões românticas e busco cultivar um relacionamento saudável com meu parceiro. Não busco o amor como uma fuga, mas sim como uma forma de crescimento e felicidade mútua.
Além disso, tenho uma personalidade muito diferente da de Emma Bovary. Enquanto ela constantemente buscava a aprovação e a atenção dos outros, eu tenho confiança em mim mesma e não preciso da validação externa para me sentir bem. Tenho consciência do meu valor e me sinto satisfeita com quem sou. Não me perco em devaneios fantasiosos ou tento moldar-me de acordo com as expectativas de terceiros.
Enquanto Emma Bovary era frequentemente descrita como uma sonhadora romântica, eu sou uma realista. Acredito na importância de enfrentar a realidade e aceitar as coisas como elas são, em vez de perder tempo sonhando com um mundo inalcançável. Isso não significa que não tenho sonhos ou ambições, mas busco realizar metas realistas e alcançáveis.
Em suma, definitivamente não sou a Madame Bovary. Minha vida está longe da monotonia e insatisfação retratadas no romance de Flaubert. Sou uma pessoa realizada, com uma vida plena e significativa. Não me perco em ilusões românticas, mas valorizo as conexões emocionais reais e a felicidade que elas podem trazer. Ao contrário de Emma Bovary, não me submeto às expectativas e restrições impostas pela sociedade. Eu sou única e autêntica, e isso é algo em que me orgulho.