O Estranho: o medo do desconhecido

O ser humano tem uma tendência natural de se sentir mais confortável e seguro em situações familiares e previsíveis. Porém, quando algo estranho ou desconhecido surge, pode gerar uma sensação de medo, insegurança e ansiedade. O tema do estranho é amplamente discutido pela psicanálise, psicologia e filosofia, e muitas vezes é explorado na literatura, cinema e outras formas de arte.

Mas o que é o “estranho”? É algo que não apenas é novo e desconhecido, mas também que causa um impacto psicológico no indivíduo, rompendo as barreiras que separam o mundo interno do mundo externo. É uma sensação de estranhamento que pode se manifestar de diferentes maneiras, como objetos inusitados, pessoas fora dos padrões, ambiguidade de valores e costumes, entre outros.

O medo do desconhecido pode fazer parte do nosso instinto de sobrevivência. Quando encontramos algo estranho pela primeira vez, nosso cérebro entra em alerta, criando uma sensação de perigo. Isso pode ser observado em situações do cotidiano, como o medo de falar em público, ou em grandes mudanças, como uma nova cultura, um novo ambiente de trabalho ou uma mudança de casa.

Na literatura, o tema do estranho é muito explorado, tanto na ficção como na não-ficção. O escritor Franz Kafka é conhecido por suas histórias sombrias e surreais, que muitas vezes envolvem personagens que lutam contra a burocracia e a falta de sentido em um ambiente estranho e hostil. Já o autor H.P. Lovecraft é famoso pelos seus contos de terror cósmico, que exploram a ideia de que os seres humanos são insignificantes em um universo muito maior e desconhecido do que imaginamos.

No cinema, o estranho pode ser retratado de várias maneiras, como nos filmes de ficção científica, terror ou drama psicológico. O filme “A Chegada” (2016), por exemplo, explora a chegada de seres extraterrestres e como isso afeta a rotina humana, enquanto “O Iluminado” (1980) mostra como um isolamento prolongado em um ambiente desconhecido pode afetar a sanidade de uma pessoa.

Além disso, o estranho também pode ser visto na arte contemporânea, que muitas vezes desafia as expectativas e ultrapassa os limites do convencional. O artista austríaco Erwin Wurm, por exemplo, cria esculturas que desafiam a ideia de equilíbrio e proporção, enquanto a francesa Annette Messager trabalha com a ideia de subversão e ambiguidade de gênero.

Enfim, o estranho é uma sensação que faz parte da condição humana, e muitas vezes pode ser vista como um desafio para o nosso desenvolvimento emocional e intelectual. Ao enfrentá-lo, podemos expandir nossos horizontes, aprender novas perspectivas e entender melhor o mundo ao nosso redor. E a arte, de todas as formas, é uma excelente oportunidade para explorar essas sensações e enfrentar nossos próprios medos.

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