Drag Me to Hell: O Terror Sobrenatural de Sam Raimi

Desde seus primeiros trabalhos no gênero de terror, Sam Raimi se destacou por seus recursos visuais e narrativos inventivos. Seja através das cenas em câmera lenta ou dos travelling acelerados, suas técnicas de filmagem se tornaram marcas registradas de seu estilo. E, em 2009, ele voltou a mergulhar no terror com Drag Me to Hell (Arraste-me para o Inferno, no Brasil), filme que, mesmo com sua aura de humor negro, provoca arrepios em quem assiste.

A trama é simples: Christine Brown (interpretada por Alison Lohman) é uma jovem ambiciosa que trabalha em um banco e busca a todo custo um cargo melhor. Porém, ao negar um empréstimo a uma senhora misteriosa, ela acaba amaldiçoada e perseguida por uma força demoníaca que a coloca em situações cada vez mais extremas e terríveis.

O que mais impressiona em Drag Me to Hell é a habilidade de Raimi em balancear elementos de humor e horror. Enquanto alguns momentos são absurdos ou exagerados de propósito, outros aguçam os sentidos do espectador, como quando Christine tem uma visão horrenda em sua casa ou quando o espírito da velha Senhora Ganush (Lorna Raver) a ataca em um estacionamento subterrâneo.

A atriz Alison Lohman entrega uma performance convincente como protagonista, mostrando a evolução de Christine de uma personagem tímida e frágil para uma sobrevivente destemida. O elenco de apoio também se destaca, principalmente Justin Long como o namorado de Christine, que tenta ajudá-la, mas acaba cético quanto à maldição sobrenatural que ela enfrenta.

O clima de tensão é construído com eficiência através da trilha sonora sinistra de Christopher Young e do uso constante de jump scares (sustos repentinos) e jumps cuts (cortes bruscos), marcas registradas de Raimi em sua franquia de Evil Dead.

Outro detalhe que vale a pena destacar é a fantástica caracterização da Senhora Ganush, cujo visual grotesco e degradante choca em várias cenas. A maquiagem criada por Howard Berger e Greg Nicotero, da renomada equipe KNB EFX, é um exemplo de trabalho artístico impecável.

Mas, apesar de suas qualidades inegáveis, Drag Me to Hell não é perfeito. Algumas cenas parecem exageradamente longas ou apressadas, prejudicando o equilíbrio do ritmo; e a sensação de déjà vu (uma reminiscência de Evil Dead) pode incomodar parte do público. Além disso, o desfecho da história pode ser considerado previsível ou insatisfatório, dependendo da expectativa do espectador.

Ainda assim, o legado de Drag Me to Hell é digno de respeito. O filme marca a volta triunfal de Sam Raimi ao gênero que o consagrou e prova que, mesmo diante de uma trama batida, é possível criar algo novo e divertido para assustar o público. Se você gosta de terror com uma pitada de humor negro e uma dose generosa de jumpscares, Drag Me to Hell é uma boa pedida para as suas noites de cinema solitárias. Prepare-se para ter pesadelos com lojas de penhores e linhas de crédito.

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