A disgrafia é um transtorno de aprendizagem que afeta a habilidade de uma pessoa em escrever corretamente. Ela pode se manifestar de diferentes formas e em diferentes níveis, variando desde dificuldades leves até problemas mais graves. Neste artigo, discutiremos os diferentes níveis de disgrafia e como eles podem ser discriminados.
Em primeiro lugar, é importante entender que a disgrafia pode se apresentar de forma primária ou secundária. A disgrafia primária refere-se a um distúrbio específico de escrita, enquanto a disgrafia secundária é causada por outros transtornos, como dislexia, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) ou deficiência intelectual.
Dentro da disgrafia primária, podemos distinguir três níveis principais: leve, moderado e grave.
A disgrafia leve é caracterizada por erros ocasionais na escrita, geralmente relacionados a dificuldades na organização das ideias ou na estruturação da frase. Esses erros podem ser corrigidos com orientação e prática adequadas. Crianças com disgrafia leve geralmente têm habilidades motoras finas adequadas, mas podem apresentar problemas de atenção ou memória.
Já a disgrafia moderada se caracteriza por erros mais frequentes e persistentes na escrita. A criança pode apresentar dificuldades em letras específicas, como a inversão de letras ou o atropelamento de palavras. Além disso, pode ocorrer uma escrita ilegível, com letras malformadas ou muito espaçadas. As habilidades motoras finas também podem ser afetadas, dificultando o controle do lápis ou da caneta.
Por fim, a disgrafia grave é a forma mais severa desse transtorno. As crianças com disgrafia grave apresentam uma série de dificuldades que vão além da escrita. Elas têm uma caligrafia extremamente desorganizada e ilegível, com muitos erros gramaticais e ortográficos. Há uma falta de fluência na escrita, tornando o ato de escrever uma tarefa desafiadora e frustrante. Além disso, essas crianças podem ter dificuldades motoras significativas, afetando a habilidade de segurar um lápis ou caneta de maneira correta.
Identificar e discriminar os diferentes níveis de disgrafia é fundamental para se estabelecer um plano de intervenção adequado. Crianças com disgrafia leve podem se beneficiar de estratégias de ensino que enfatizem a organização e estruturação das ideias, assim como práticas de escrita frequentes. Já as crianças com disgrafia moderada precisam de acompanhamento mais individualizado, com exercícios específicos para aprimorar as habilidades motoras finas e orientações para corrigir os erros recorrentes.
No caso da disgrafia grave, é essencial o acompanhamento multidisciplinar, com a intervenção de profissionais como fonoaudiólogos, psicopedagogos e psicólogos. Eles poderão fornecer estratégias e recursos adequados para auxiliar a criança a superar os desafios na escrita, além de trabalhar as dificuldades motoras e emocionais associadas a esse transtorno.
Em conclusão, a disgrafia pode se manifestar em diferentes níveis, desde leve até grave. Identificar e discriminar esses níveis é crucial para estabelecer o apoio adequado às crianças com esse transtorno. Com o acompanhamento e as intervenções apropriadas, é possível auxiliar esses indivíduos a superar as dificuldades na escrita e alcançar um maior sucesso acadêmico.