Uma das formas mais antigas de se referir ao vinho remonta à civilização suméria, localizada no sul da Mesopotâmia, onde atualmente é o Iraque. Nessa época, cerca de 4000 a.C., o vinho era chamado de “karis” ou “kash”, termos que significavam “bebida”. Os sumérios associavam o vinho a rituais religiosos e o consideravam como uma oferenda aos deuses.
Na Grécia Antiga, o vinho era considerado uma dádiva dos deuses e era frequentemente associado ao Deus Dionísio, o deus do vinho e da celebração, e com Baco, o equivalente romano. Na Grécia, a bebida era chamada de “oinos” e muitas vezes era misturada com mel e especiarias, criando uma bebida aromática e adocicada.
Já na Roma Antiga, o vinho era chamado de “vinum” e era extremamente popular na sociedade romana. Assim como na Grécia, o vinho romano também era frequentemente misturado com mel, especiarias e até mesmo água, com o objetivo de tornar a bebida mais leve e refrescante. Os romanos acreditavam que o vinho tinha propriedades medicinais e o consumiam tanto em festas quanto em reuniões políticas e sociais.
Na antiga Pérsia, atual Irã, o vinho era chamado de “abrišam”, que significa “ambrosia” em persa antigo. Os persas tinham uma forte tradição de vinicultura e produziam diversos tipos de vinho, que eram consumidos em banquetes e festas. No entanto, com a chegada do Islã, a produção e o consumo de vinho foram proibidos, o que levou à decadência da indústria vinícola na região.
Na China antiga, o vinho era conhecido como “jiu” e era apreciado tanto como uma bebida alcoólica quanto como um remédio. O vinho chinês era produzido a partir de arroz fermentado e, assim como em outras culturas, tinha um significado cerimonial e religioso. No período da Dinastia Tang, entre os séculos VII e X, o vinho chinês ganhou ainda mais popularidade e os imperadores promoviam festas regadas a vinho para demonstrar seu poder e riqueza.
Em suma, o vinho na Antiguidade era valorizado e consumido em diversas culturas ao redor do mundo. Os nomes variavam de acordo com a região, mas o prazer e a apreciação pela bebida eram comuns a todas. Hoje, podemos encontrar vestígios dessa tradição milenar em nossos hábitos de consumo de vinho, que se mantêm como uma forma de celebrar e apreciar momentos especiais.