A primeira etapa no processo de diagnóstico da demência é realizar uma avaliação cuidadosa dos sintomas relatados pelo paciente e seus familiares. O médico realizará uma entrevista detalhada para analisar os problemas de memória, raciocínio, linguagem e outras funções cognitivas. É importante que os familiares estejam presentes para fornecer informações adicionais sobre as mudanças no comportamento e na capacidade funcional do paciente.
Além da entrevista, serão realizados testes de triagem cognitiva. Um dos mais comuns é o Mini Exame do Estado Mental (MEEM), que avalia a memória, a atenção, o raciocínio e a linguagem. Outro teste frequentemente utilizado é o Montreal Cognitive Assessment (MoCA), que também analisa diversos aspectos das funções cognitivas.
Esses testes de triagem fornecem uma visão geral das habilidades cognitivas do indivíduo, mas não são suficientes para o diagnóstico definitivo de demência. Portanto, caso a suspeita de demência persista, o médico pode recomendar uma avaliação neuropsicológica mais aprofundada. Essa avaliação envolve testes cognitivos mais detalhados e também pode incluir exames de imagem cerebral, como a ressonância magnética, para excluir outras causas possíveis para os sintomas.
No entanto, é importante ressaltar que o diagnóstico de demência não pode ser confirmado apenas com base nos testes cognitivos e de imagem cerebral. Para um diagnóstico definitivo, é necessário excluir outras condições que podem estar causando os sintomas. Essas condições podem incluir deficiências vitamínicas, distúrbios da tireoide, infecções e problemas emocionais, como a depressão. Portanto, exames de sangue e outros exames laboratoriais podem ser solicitados para descartar essas possibilidades.
Uma vez que essas outras condições tenham sido excluídas, o médico poderá então fazer o diagnóstico de demência. No entanto, ainda é necessário determinar o tipo específico de demência. A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, mas existem outras formas, como a demência vascular, a demência com corpos de Lewy e a doença de Parkinson com demência.
Para diferenciar entre essas diferentes formas de demência, o médico usará informações clínicas, histórico médico, resultados dos exames e critérios diagnósticos estabelecidos pela Associação Americana de Psiquiatria (APA) ou pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em alguns casos, a confirmação do diagnóstico de Alzheimer ou outras formas de demência só pode ser feita através de um exame post mortem do cérebro.
Em resumo, o diagnóstico da demência envolve uma avaliação cuidadosa dos sintomas, testes de triagem cognitiva, avaliação neuropsicológica, exames de imagem cerebral e exames laboratoriais para descartar outras condições. A confirmação do diagnóstico específico de demência é essencial para que se possa fornecer o tratamento adequado e oferecer suporte ao paciente e à sua família. Se você suspeita que você ou um ente querido possa estar sofrendo de demência, é fundamental procurar um médico para uma avaliação completa.