Durante o jejum, o corpo precisa encontrar outras fontes de energia, já que a ingestão de alimentos é reduzida ou completamente interrompida. Com isso, ele recorre à quebra de tecidos e substâncias armazenadas para obter a energia necessária.
Uma das adaptações que ocorrem durante a citólise em jejum é a quebra de gorduras armazenadas no tecido adiposo. Essa gordura é liberada na corrente sanguínea e convertida em ácidos graxos livres, que podem ser utilizados como fonte de energia pelos músculos e outros tecidos do corpo.
Além disso, durante o jejum, o corpo também recorre à quebra de proteínas armazenadas nos tecidos musculares, a fim de obter aminoácidos que serão utilizados na síntese de glicose. Essa glicose é essencial para abastecer o cérebro, que é extremamente dependente desse carboidrato como fonte de energia.
É importante ressaltar que a citólise em jejum não é um processo exclusivo do jejum prolongado. Ele também ocorre durante períodos mais curtos de jejum, como durante o sono. Durante a noite, por exemplo, o corpo utiliza suas reservas de glicogênio hepático (um tipo de carboidrato armazenado no fígado) para manter o cérebro abastecido de glicose.
Durante a citólise em jejum, o corpo passa por uma série de adaptações metabólicas que envolvem a liberação de hormônios específicos. Por exemplo, o glucagon, um hormônio produzido pelo pâncreas, é liberado durante o jejum e estimula a quebra de glicogênio hepático em glicose, aumentando a disponibilidade desse carboidrato para os tecidos.
Além disso, a citólise em jejum também leva à produção de corpos cetônicos, uma via alternativa de obtenção de energia. Os corpos cetônicos são produzidos a partir da quebra de ácidos graxos, e podem ser utilizados por diversas células do corpo como fonte de energia.
Apesar de ser um processo necessário para garantir a sobrevivência durante períodos de jejum prolongado, a citólise em jejum em excesso pode trazer alguns riscos para a saúde. Por exemplo, se o corpo permanecer em estado de jejum prolongado por muito tempo, pode ocorrer a perda de massa muscular significativa, o que é indesejável para a saúde e pode levar a complicações.
Além disso, a produção excessiva de corpos cetônicos também pode levar a complicações metabólicas, como a acidose metabólica, que é uma diminuição do pH do sangue devido ao acúmulo de corpos cetônicos.
Em resumo, a citólise em jejum é um processo metabólico que ocorre durante períodos de jejum prolongado, onde o corpo utiliza substâncias armazenadas, como gorduras e proteínas, para obter energia. É um mecanismo de adaptação importante para garantir a sobrevivência durante períodos em que a ingestão de alimentos não é suficiente. No entanto, é importante ter cuidado para não prolongar demais o jejum e garantir uma alimentação adequada para evitar possíveis complicações à saúde.