Nascido em 1969, Bong Joon-ho estudou sociologia na universidade antes de entrar na indústria cinematográfica. Seu primeiro longa-metragem, “Barking Dogs Never Bite”, foi lançado em 2000 e foi muito bem recebido pela crítica. Entretanto, foi seu segundo filme, “Memórias de um Assassino” (2003), que realmente o estabeleceu como um cineasta talentoso e inovador. O filme, inspirado em um caso real, conta a história de um serial killer atuando em uma pequena cidade e os detetives que tentam capturá-lo. O filme foi um sucesso de bilheteria e aclamado pela crítica.
Após o sucesso de “Memórias de um Assassino”, Bong Joon-ho continuou dirigindo filmes que misturavam gêneros como suspense, ficção científica e drama. Em 2006 lançou “The Host”, que conta a história de uma criatura mutante que ataca moradores de Seul e a família que tenta salvá-los. O filme se tornou o maior sucesso de bilheteria na Coreia do Sul na época e foi muito elogiado pela crítica internacional.
Bong Joon-ho continuou a dirigir filmes de sucesso como “Mother” (2009) e “Expresso do Amanhã” (2013), mas foi “Parasita” que realmente o colocou no radar do mundo todo. O filme conta a história de uma família pobre que consegue se infiltrar na vida de uma família rica, com resultados imprevisíveis e dramáticos.
Além de unir crítica social a gêneros cinematográficos, Bong Joon-ho também é conhecido por ter um senso de humor peculiar. Seus filmes geralmente contêm cenas cômicas, que muitas vezes servem para contrabalançar momentos tensos ou causar surpresa no espectador. O humor também é usado para dar profundidade aos personagens, mostrando suas falhas e humanidade.
Em entrevistas, Bong Joon-ho frequentemente fala sobre a importância de retratar a realidade social em seus filmes. Ele tem dito que as histórias que conta refletem as várias injustiças presentes na sociedade sul-coreana e em outros lugares do mundo. Embora seus filmes sejam frequentemente rotulados como “filmes de arte”, ele se considera um diretor comercial, pois acredita que deve ser capaz de entreter o público e fazer seus filmes serem rentáveis.
“Bong Joon-ho é um dos diretores mais emocionantes e emocionantes trabalhando atualmente”, disse o crítico de cinema Eric Kohn. “Ele usa gêneros estabelecidos para trazer à tona questões sociais profundas e instigar discussões em todo o mundo”.
Com “Parasita”, Bong Joon-ho abriu caminho para filmes de língua não inglesa em Hollywood, e mostrou que o cinema asiático é uma força a ser considerada. Sua habilidade em misturar elementos de gêneros e retratar a realidade social de forma crítica tornou-o um dos cineastas mais elogiados e reverenciados da atualidade.