A ideia do alter ego é bastante presente nas artes, principalmente na literatura e em histórias em quadrinhos. Na literatura, o escritor pode criar um personagem que represente uma parte de si mesmo e utilizá-lo como narrador ou protagonista de sua história. Já nas histórias em quadrinhos, o alter ego é muito comum entre os super-heróis, que têm seu lado “civil” e sua personalidade heroica e poderosa.
Na vida cotidiana, muitas pessoas têm seus próprios alter egos que podem se manifestar de maneira inconsciente em determinadas situações. É o caso de uma pessoa tímida, que pode se transformar em um líder confiante em momentos de pressão ou em uma pessoa que se transforma completamente quando se sente poderosa ou diante do sucesso.
Algumas pessoas encontram em seu alter ego uma forma de lidar com problemas de autoestima ou de ansiedade. Criar uma personalidade secundária pode ser uma maneira de se sentir mais confiante e capaz de enfrentar desafios. É importante lembrar, no entanto, que criar essas personalidades não deve substituir o trabalho necessário para lidar com problemas emocionais.
Em alguns casos, o uso do alter ego pode ser considerado patológico, como em casos de transtorno dissociativo de identidade (TDI). Nesse transtorno, a pessoa apresenta diferentes personalidades, muitas vezes sem lembrar do que aconteceu enquanto estava em determinada personalidade.
Em resumo, o alter ego é uma parte importante do nosso ser, que pode se manifestar de diferentes maneiras em diferentes situações. É uma parte de nós que pode ser desenvolvida e usada de maneira criativa ou, em casos extremos, pode precisar de ajuda profissional para ser controlada e tratada quando se torna um transtorno. É importante lembrar que todos temos nossas limitações e dificuldades, mas é possível lidar com elas de forma positiva, sem precisar criar uma personalidade diferente da nossa.