Tudo começou em novembro de 2013, quando o presidente ucraniano, Viktor Yanukovych, decidiu suspender um acordo de associação com a União Europeia. Essa medida gerou protestos maciços em Kiev, capital da Ucrânia, em defesa da adesão do país à União Europeia.
Os protestos, conhecidos como Euromaidan, seguiram-se por meses e culminaram em fevereiro de 2014 com a saída de Yanukovych do poder e a formação de um governo provisório. No entanto, essa transição política não foi bem aceita por todas as regiões da Ucrânia.
A Crimeia, uma região com uma grande população de etnia russa, viu uma oportunidade na instabilidade política da Ucrânia e realizou um referendo para determinar sua adesão à Rússia. A maioria dos eleitores votou a favor da anexação, e a Rússia aproveitou a situação para anexar a Crimeia.
Essa ação unilateral da Rússia causou revolta internacional e uma série de sanções econômicas foram impostas ao país. Além disso, grupos separatistas pró-russos em outras regiões da Ucrânia, como Donetsk e Lugansk, aproveitaram a instabilidade para declarar independência e buscar apoio da Rússia.
A Ucrânia, por sua vez, respondeu lançando uma operação militar para conter os rebeldes separatistas. O conflito rapidamente escalou para um guerra aberta entre as forças ucranianas e as forças russas que apoiavam os separatistas.
Desde então, a guerra russo-ucraniana tem causado grande sofrimento para a população ucraniana. Estima-se que mais de 13.000 pessoas tenham sido mortas e cerca de 30.000 feridas no conflito. Além disso, milhares de pessoas foram deslocadas de suas casas, aumentando o número de refugiados na região.
A comunidade internacional tem se esforçado para intermediar um acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia, mas até o momento, todas as tentativas têm sido em vão. A Rússia continua a negar envolvimento direto no conflito, apesar das evidências apresentadas pela Ucrânia e por outros países de apoio militar russo aos separatistas.
O conflito também tem afetado as relações entre a Rússia e o Ocidente. As sanções econômicas impostas à Rússia têm causado impacto em sua economia, ao passo que a Rússia tem tentado fortalecer alianças com outros países, como a China, para contrabalançar o isolamento internacional.
Enquanto o conflito persiste, a situação humanitária na Ucrânia continua a se deteriorar. Muitas pessoas enfrentam dificuldades para obter suprimentos básicos, e a infraestrutura do país tem sido severamente danificada pelos combates.
Em resumo, a guerra russo-ucraniana é um conflito marcado por tensões políticas, étnicas e econômicas entre a Rússia e a Ucrânia. Desde seu início em 2014, tem causado grande sofrimento para a população e tem sido motivo de preocupação para a comunidade internacional. Enquanto as partes envolvidas não conseguirem chegar a um acordo de paz duradouro, o conflito continuará a afetar negativamente a vida dos ucranianos e a relação entre a Rússia e o Ocidente.